Akaki + 2 narradores: a química cênica concebida por Yara Novaes e Rodolfo Vaz com dramaturgia de Cássio Pires.

Opressão e angústia...

Akaki  Akakiévitch,

funcionário público de “um certo ministério” de Petersburgo. O protagonista é um solitário e tímido copista de processos. Akakiévitch tem aproximadamente 50 anos e é “pequeno, raquítico, ruivo, testa calva”. É ignorado por quase todos da repartição, e seus superiores o tratam com frieza: “O primeiro subchefe que aparecia lhe atirava as papeladas diante de seu nariz sem nem mesmo ter o trabalho de dizer: -faça o favor de copiar isto, ou: – eis aí um processozinho da melhor qualidade, como é uso entre burocratas de boa educação.”


A PERFORMANCE

Em uma adaptação livre do universo proposto por Gógol, camadas narrativas se superpõem: a música e a sonoplastia ao vivo, imagens em torrentes de vídeo fragmentadas no espaço, a iluminação, o cenário despojado, monotonamente cromático e frio, a atuação dos atores. A voz do narrador se decompõe em mais duas, fraturando o discurso e negando voz ao próprio Akaki. Nesse contexto, O capote, objeto físico, ganha uma máscara afirmativa, quase como uma chancela para a (re)existência social de Akakiévitch. O Capote nesta montagem é um manto de visibilidade.

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